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  • Alfredo Gueiros

Viagem de Opala ao Rio de Janeiro - III


Amigos leitores. Antes de começar esse blog, peço desculpas por minha ausência, pois os últimos acontecimentos na operação Lavajato, me deixaram apreensivo, achando que, também seria chamado, através de um mandado de condução coercitiva, expedido pelo Dr. Sergio Moro, para depor sobre as minhas lembranças. Graças a Deus não aconteceu, então, volto às minhas histórias, finalizando a viagem ao Rio!

Chegamos a cidade de Salvador(BA) lá pelas 18H00, ficamos surpresos com as largas avenidas de transito intenso e congestionado.

Sem o auxilio do GPS, parávamos, quase de esquina em esquina, buscando informações de um hotel barato e, achamos um, em plena praia do Farol da Barra chamado Farol Barra Flat.

Tomamos banho, trocamos a roupa, menos Orobó, e saímos para conhecer a orla, comer alguma coisa e sentarmos em um barzinho e nesse ultimo, conhecemos, por incrível que pareça, um baiano hippie, vestido a moda Bob Marley e nos oferecia pulseiras da sorte, amuletos, pés de galinha, asa de urubu, pé de pato e, logicamente, não aceitamos e foi aí que, o clone de Haile Selassie, disse que, se a gente comprasse pelo menos um artigo, ele comeria baygon, Orobó comprou uma pulseira de fita do sr. do Bonfim, de repente eu só ouvi o estalido clássico da latinha de baygon sendo apertada e o nosso Haile Selassie, de boca aberta, engolindo o pó branco e dava pra sentir o cheiro forte dos piretróides, eu rapidamente, tomei a lata da mão do hippie, e dei o maior carão.

- “tú tá ficando doido!! Se tu morrer, vão botar a culpa na gente!”

E ele respondeu...

- “...tem nada verrr mermão... quem compra pra mim é o dono do bar, doido! Isso aqui eu tomo é no café da manhã, num dá mais lombra não...”

Mandamos, então, ele sair da nossa mesa imediatamente, pois não queríamos nenhuma encrenca.

Na mesa ao lado, tinha duas garotas olhando nossa atitude e, de repente, uma delas falou.

-“... muito bem, gostei de ver, arretado vocês... eu acho errado, as pessoas incentivarem ele fazer isso, ele precisa é de tratamento”, falando com o inconfundível sotaque baiano.

Aproveitando o assunto, as convidei para sentar conosco, nos apresentamos e contamos um pouco da viagem, dizendo que nosso destino era o Rio de Janeiro.

Não demorou muito e elas nos chamaram para conhecer a noite de Salvador, foi muito divertido.

Após o café da manhã, resolvi que devíamos atravessar a baia de Todos os Santos no ferry boat e a ideia foi aceita. Chegamos ao píer de embarque e o nosso carro foi o último a entrar e, os marinheiros, ainda tiveram que empurrar a traseira para o lado, pois as portas da embarcação não fechavam. Durante a travessia até a ilha de Itaparicá, que demora 40 minutos, fizemos amizade com um casal, que ia para sua casa na ilha, passar o fim de semana e, em dado momento, ele perguntou o que fazíamos, e eu contei uma mentira grande, disse que éramos empresários e que todo ano fazíamos aquela viagem, comprávamos um carro, sempre o Opala e, quando chegávamos no Rio, vendíamos e voltamos de avião. O homem era médico e me revelou, contando bem baixinho pra que a mulher não ouvisse.

- “...vocês são casados? Porque se não forem, nunca façam essa besteira de casar, estou aqui morrendo de inveja de vocês, nunca tive essa oportunidade, minha vida sempre foi preso, minha mulher nunca me deixaria fazer isso...” ele, dizendo isso com os olhos marejados.

Chegamos à ilha, tiramos algumas fotos, almoçamos e seguimos para Ilhéus(BA), cidade das indústrias do cacau. Hospedamos em uma pousada, chamada Brisa do Mar e, ainda cansados da noite da sexta, e da viagem, fomos dormir, eu e Clovito, Orobó foi conhecer a noite de Ilhéus.

Domingo, tomamos café da manhã e assistimos a corrida de Formula 1. Deixamos Ilhéus por volta de 11H00 e fomos almoçar a famosa feijoada em Itabuna(BA) e depois seguimos viagem.

Chegamos à cidade de Linhares (ES) aproximadamente às 21H00 e paramos em uma pizzaria e, fomos unanimes em dizer que foi a cidade em que vimos as mulheres mais bonitas.

Dormimos em uma pousada localizada na parte alta da cidade e anteriormente fora um convento, imaginem só, o pé direito com 4 metros e a área dos quartos tinham uns 100m quadrados, por causa da altura o frio era de doer nos ossos. Aproveitamos para fazer medo a Orobó, dizendo que ali já tinham morrido várias freiras e que as almas apareciam na madrugada, para os hóspedes. E isso surtiu efeito.

Segunda feira, saímos para a cidade de Vitória(ES) e chegamos por volta do meio dia, Clovito e Orobó morrendo de febre, devido a uma virose que pegaram, pois beijaram a mesma garota lá em Salvador. Paramos em um lava jato, ao lado de uma farmácia, e tome injeção para se livrar logo da virose e eu, fiquei rindo.

O engraçado era que, em cada divisa estadual, Orobó pedia pra parar e tirava foto ao lado das placas indicativas dos limites entre os estados.

Chegamos ao Rio de Janeiro (RJ) às 17H00, porém só chegamos ao apartamento dos meus pais, no bairro de Botafogo, por volta da 19H00.

Uma grande aventura, inesquecível.

Agradeço a Deus, que nos levou e nos trouxe em segurança e, também, a companhia do meu, compadre e amigo, Clovito e nosso amigo Marcos Orobó. Essa viagem foi divertida e não sofremos nenhum acidente.

PS: Marcos Orobó entrou nessa aventura só pra viajar de avião de Recife/Maceió/Recife. Foi até o Rio de Janeiro e só comprou uma camiseta, usou o resto da roupa toda a viagem. A nossa sorte, minha e de Clovito, era que ele não usava cuecas.


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